segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Red Bull™ e Álcool?



Red Bull® reduz a percepção da incapacitação alcoólica

    Nos últimos anos, a combinação do álcool com bebidas energéticas (como o Red Bull®) tem se tornado cada vez mais popular entre adolescentes e adultos jovens. Os usuários relatam freqüentemente redução na sonolência e sensações aumentadas de prazer. Na edição de Abril da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research, pesquisadores brasileiros apresentam os resultados do primeiro estudo científico controlado dos efeitos da combinação do álcool com o Red Bull®. Os resultados mostram consideráveis discrepâncias entre as percepções e as medidas objetivas das capacidades dos indivíduos estudados: embora a combinação reduza as sensações de cansaço e sonolência, as capacidades reais encontram-se significativamente prejudicadas.           

“No Brasil, como em outros países, os jovens acreditam que o Red Bull® e outras bebidas energéticas evitam a sonolência causada por bebidas alcoólicas, aumentando a sua capacidade de dançar a noite inteira”, explicou Maria Lucia O. Souza-Formigoni, PhD, professora associada do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo, Brasil, que coordenou o estudo. Ela acrescenta: “Na verdade, muitas boates oferecem esta mistura entre os seus coquetéis”. Num estudo prévio avaliando o consumo de bebidas energéticas entre os brasileiros, a professora Souza-Formigoni disse que os usuários informaram: aumento da felicidade (38%), euforia (30%), nenhuma sensação (27%) e aumento do vigor físico (24%). Portanto, não está claro se os efeitos das bebidas energéticas são decorrentes das suas capacidades em diminuir os efeitos depressores, ou aumentar os efeitos excitatórios produzidos pelo álcool, ou ambos.

“Este estudo parece nos mostrar que o uso de bebidas energéticas poderia predispor os indivíduos a consumirem doses mais elevadas de álcool, mascarando os seus efeitos depressores – ou ao menos diminuindo a percepção destes efeitos” destaca Roseli Boerngen de Lacerda, PhD, professora associada do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal de Paraná, Brasil, que colaborou na realização do estudo.

Participaram do estudo 26 voluntários do sexo masculino que foram divididos casualmente em dois grupos que receberam as doses de 0,6 g/kg (n=12) ou 1,0 g/kg (n=14) de álcool. Todos os participantes foram submetidos a três sessões experimentais durante sete dias, onde ingeriram o álcool sozinho, a bebida energética sozinha ou a combinação de álcool e a bebida energética. Em cada sessão, os pesquisadores registraram as sensações subjetivas de intoxicação, assim como medidas objetivas da coordenação motora, concentração de álcool na respiração e tempo de reação visual.   

Comparado a ingestão de álcool sozinho, a combinação de álcool e Red Bull® reduziu significativamente as sensação subjetivas de dor de cabeça, fraqueza, boca seca e prejuízo da coordenação motora. Entretanto, o Red Bull® não reduziu significativamente os prejuízos causados pela ingestão do álcool em medidas objetivas da coordenação motora e tempo de reação visual. 
“Existem dois pontos chaves” destaca Souza-Formigoni. “Embora a ingestão combinada diminua a sensação de cansaço e sonolência, medidas objetivas indicam que ela não é capaz de reduzir os efeitos prejudiciais do álcool na coordenação motora. Em outras palavras, a pessoa está “bêbada”, mas não percebe que está. O segundo ponto importante é que muitas pessoas utilizam as bebidas energéticas para reduzir o sabor desagradável de algumas bebidas alcoólicas, podendo aumentar perigosamente a quantidade e a velocidade de álcool consumido.”

“As implicações dos resultados obtidos,” adiciona Boerngen, “são que esta associação de álcool e bebidas energéticas é mais prejudicial do que benéfica, ao contrário do que muitos consumidores acreditam. Especialmente pelo fato desses indivíduos que combinam álcool e bebidas energéticas não perceberem o grau de incapacidade em que se encontram, aumentando os riscos de diversos acidentes, como por exemplo, acidentes automobilísticos.”

“O álcool não afeta somente a coordenação motora, mas também a capacidade de tomar decisões, uma vez que ele afeta uma importante área do cérebro chamada de córtex pré-frontal”, explica Souza-Formigoni. “Motoristas embriagados são perigosos não somente por apresentarem reações mais lentas, mas também porque a sua capacidade de avaliar os riscos a que eles serão expostos encontra-se prejudicada. As pessoas precisam entender que o fato de se “sentirem bem” não indica necessariamente que elas não estão afetadas pelo álcool. Portanto, elas nunca devem dirigir após consumirem álcool”.

As pesquisadoras enfatizam a necessidade de mais estudos, avaliando os efeitos da combinação de doses mais elevadas de álcool e bebidas energéticas, o que Suza-Formigoni já vêm realizando em modelos animais. “Nós estamos atualmente testando separadamente os efeitos de diferentes substâncias presentes nas bebidas energéticas, como a cafeína e a taurina, buscando determinar quais destas substâncias seriam responsáveis por esta interação com o álcool.”

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Colaboração de Rui Daniel Prediger, PhD, pós-doutorando no Dept. de Farmacologia - UFSC

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Remédio "tarja preta" para deficit de atenção vira festa na balada


Para "aproveitar" a balada, o enfermeiro André (nome fictício), 24, costumava tomar comprimidos de ecstasy. Há três meses, trocou a droga ilícita por Ritalina, medicamento vendido em algumas farmácias apenas com receita, que fica retida.

Apelidada de "Rita" na noite, a droga indicada para tratar deficit de atenção e hiperatividade vem sendo usada como estimulante. Sua base é o metilfenidato, de composição similar à anfetamina, que estimula o sistema nervoso central.
"Você se sente gostoso, bonito. Dá sensação de poder e um arrepio bom, como se você fosse ter um orgasmo", descreve André. Ele diz aspirar o farelo do comprimido para sentir o "barato".
O enfermeiro diz ter conhecido os efeitos entorpecentes da Ritalina com amigos médicos.
Antes de saírem para a balada, eles espremem os comprimidos com uma colher e guardam o pó num saquinho. "Uma cartela com 30 serve para quatro pessoas cheirarem a noite toda."
O aumento da sede, um dos efeitos do remédio, costuma ser saciado com vodca. "Daí tudo melhora: a música fica mais legal e as pessoas ficam mais bonitas", afirma.
Ele admite que, sob o efeito da droga, fica com até dez pessoas numa mesma noite. Quando volta para casa, a agitação é tanta que só consegue dormir se tomar Rivotril, calmante que também só pode ser comercializado com receita médica.
Na casa noturna que ele costuma frequentar, no bairro da Lapa, em São Paulo, é comum ver um aglomerado de jovens descamisados dançando espremidos perto das caixas de som. "Aquilo é a Faixa de Gaza", descreve André: "Só tem droga".
A reportagem da Folha acompanhou uma noite nessa casa noturna. Lá, o estudante de publicidade César, 21, admitiu já ter usado Ritalina na balada: "Sou tímido. Quando tomo [a Ritalina], fico com mais coragem de chegar perto das pessoas", disse.
O rapaz admite que não é difícil consegui-la: "Você acha vendendo na internet".
As histórias de André e de César não são casos isolados.
Segundo Arthur Guerra, coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Drogas do Hospital das Clínicas, é comum encontrar jovens tomando medicamentos de forma recreativa.
"Eles querem é sentir uma coisa diferente", diz o psiquiatra. Guerra alerta para os efeitos colaterais da "Rita": taquicardia e até quadros de paranoia, dependendo do ambiente em que estiver e da predisposição da pessoa.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Café todos os dias melhora a memória e tem efeito antioxidante

Coffee is a popular beverage consumed worldwide and its effect on health protection has been well studied throughout literature. This study investigates the effect of chronic coffee and caffeine ingestion on cognitive behavior and the antioxidant system of rat brains. The paradigms of open field and object recognition were used to assess locomotor and exploratory activities, as well as learning and Memory. The antioxidant system was evaluated by determining the activities of glutathione reductase (GR), glutathione peroxidase (GPx) and superoxide dismutase (SOD), as well as the lipid peroxidation and reduced glutathione content. Five groups of male rats were fed for approximately 80 days with different diets: control diet (CD), fed a control diet; 3% coffee diet (3%Co) and 6% coffee diet (6%Co), both fed a diet containing brewed coffee; 0.04% Caffeine diet (0.04%Ca) and 0.08% caffeine diet (0.08%Ca), both fed a control diet supplemented with caffeine. The estimated caffeine intake was approximately 20 and 40 mg/kg per day, for the 3%Co–0.04%Ca and 6%Co– 0.08%Ca treatments, respectively. At 90 days of life, the animals were subjected to the behavioral tasks and then sacrificed. The results indicated that the intake of coffee, similar to caffeine, improved long-term memory when tested with object recognition; however, this was not accompanied by an increase in locomotor and exploratory activities. In addition, chronic coffee and caffeine ingestion reduced the lipid peroxidation of brain membranes and increased the concentration of reduced-glutathione. The activities of the GR and SOD were similarly increased, but no change in GPx activity could be observed. Thus, besides improving cognitive function, our data show that chronic coffee consumption modulates the endogenous antioxidant system in the brain. Therefore, chronic coffee ingestion, through the protection of the antioxidant system, may play an important role in preventing age-associated decline in the cognitive function. CLIQUE NO TITULO PARA BAIXAR O ARTIGO COMPLETO

sábado, 18 de junho de 2011

LEPTINA O HORMÔNIO DA OBESIDADE











Tem gente que, mesmo vivendo sob dieta, está sempre gordo; outros, comem muito, mas nunca engordam (dizem que são "magros de ruim"). A obesidade, entretanto, é um mal que afeta grande parte da população e é diretamente responsável por várias doenças fatais.
Haveria uma causa genética para a obesidade? QMCWEB apresenta um artigo de 3 estudantes de pós graduação do departamento de Bioquímica da UNICAMP: Daniele Araújo, José Antônio da Silva, e Leonardo Fernandes Fraceto, sobre a "Leptina, o hormônio da obesidade"

A leptina é um hormônio protéico específico produzido e secretado pelo tecido adiposo, que funciona como um "adipostato", referindo-se à Teoria Lipostática, que prediz que a composição e o peso corporais em humanos são determinados por interações entre fatores genéticos, ambientais, comportamentais e sociais e da resposta a um sinal periférico produzido em quantidades proporcionais ao tecido adiposo no organismo.

A existência desse fator circulante, que aumenta com os estoques de energia e age no cérebro para inibir a ingestão de alimentos e as reservas no tecido adiposo, foi descoberta após mutações genéticas (Figura 1) denominadas por obese (ob) e diabetes (db). Baseado nesses estudos foi sugerido que a mutação ob estava relacionada à produção de um fator circulante e a db com a resposta a esse mesmo fator. Assim, o fator circulante, produto do gene ob, foi chamado leptina (do grego leptos que significa magro), porque este mostrou ser capaz de diminuir o peso corporal e a massa de tecido adiposo quando injetado em camundongos.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA CLICANDO NO TÍTULO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Falta de atividade física no trabalho aumenta obesidade

Um grupo de pesquisadores americanos identificou um novo culpado da epidemia de obesidade nos EUA: os locais de trabalho.
Uma revisão das mudanças ocorridas no mercado de trabalho desde 1960 sugere que grande parte do ganho de peso observado nos últimos anos pode ser explicada pelo declínio da atividade física no trabalho.
Os empregos que exigiam atividade física moderada, que em 1960 respondiam por 50% dos postos no mercado, caíram para 20% nos EUA.
Os 80% restantes envolvem trabalho sedentário ou exigem atividade só leve.
O relatório mostra ainda que, em 1960, metade dos americanos tinha um trabalho que fisicamente exigente. Hoje, só um em cinco tem um nível alto de atividade no emprego.
Timothy S. Church, pesquisador do Centro Pennington de Pesquisas Biomédicas, em Baton Rouge, Louisiana, e autor principal do estudo, nota que a pesquisa não leva em conta os avanços tecnológicos que contribuem para o sedentarismo, como a internet.
Isso significa que a perda de gasto energético no emprego pode ser ainda maior do que o apontado na pesquisa. 



CALORIAS
A mudança de hábitos se traduz em até 140 calorias gastas a menos por dia no trabalho, dado que corresponde ao ganho constante de peso no país nas últimas cinco décadas, diz o estudo publicado na revista "PLoS One".
A nova ênfase na atividade no trabalho representa uma mudança importante e sugere que os profissionais de saúde tenham deixado de lado um dado crucial que contribuiu para o problema do excesso de peso.
COMIDA OU EXERCÍCIO
A descoberta coloca pressão sobre as empresas, para que intensifiquem as iniciativas de saúde nos escritórios.
"Muita gente diz que o problema está só na comida. Mas os ambientes de trabalho mudaram tanto que precisamos repensar como enfrentar esse problema", disse Church.
Sua pesquisa é a primeira a estimar o gasto calórico diário que se perdeu no trabalho nos últimos 50 anos.
Durante anos, o papel da atividade física no problema da obesidade foi incerto.
Estudos já mostraram que a quantidade de atividade física em horas de lazer ficou estável nas últimas décadas, período em que a população só fez engordar.
Esse fato cria um impasse para os pesquisadores que tentam explicar a explosão de obesidade.
Em função disso, boa parte da atenção está concentrada na ascensão da fast food e do consumo de refrigerantes.
Outras pesquisas dizem que a maior adoção do transporte particular em vez do público e o aumento do tempo gasto diante da televisão têm contribuído para engordar os EUA e o mundo.
Mas nenhum desses fatores pode explicar por completo as mudanças nos padrões de ganho de peso.
"Precisamos pensar na atividade física como um conceito mais amplo do que apenas os exercícios feitos em momento de lazer", afirmou Ross C. Brownson, epidemiologista na Universidade Washington, em St. Louis.
"Eliminamos a atividade física de nossas vidas. Precisamos encontrar maneiras de reinseri-la no cotidiano, fazendo caminhadas na hora do almoço, por exemplo, e não só nos exercitando na academia."

Obra explica por que afundamos no chocolate durante a depressão


Em "Liberte-se da Fome Emocional" (Lua de Papel, 2011), a escritora Geneen Roth se propõe a explicar por que nos alimentamos por impulso e nos tornamos maníacos por dietas de acordo com nosso estado emocional e revela o que está por trás deste comportamento.
Dona de um texto franco, a autora usa suas próprias vivências para produzir questionamentos e exercícios reflexivos com o objetivo de ensinar o leitor a reconhecer os sinais da fome psicológica, saber quando parar de comer, lidar com a pressão social e familiar e observar e modificar seus hábitos alimentares.
Roth, que já experimentou ser magra e gordinha, também reflete sobre o ideal do corpo perfeito e quais são as implicações psicológicas dele nas mulheres.
A autora é responsável pelo best-seller "Mulheres, Comida & Deus" (Leya, 2010), também sobre a relação entre as emoções e a comida.
Leia trecho do capítulo "Sabendo Quando Parar de Comer: Já Chega".
*
A satisfação depende de seu estado de espírito, de suas necessidades emocionais, de seu bem-estar fisiológico. O que satisfaz em um dia pode não ser o suficiente no dia seguinte. Na maioria das vezes, gosto de começar a comer quando sinto fome e gosto de parar quando ainda tenho espaço para mais comida. Gosto da sensação de leveza, a sensação de não estar com fome, mas não estar cheia.
Não faz muito tempo que me envolvi em um acidente de carro. Na batida, o lado do motorista do meu carro foi amassado por outro que vinha a 90 km/h. Saí sem nenhum arranhão, mas muito abalada e com uma forte noção da fragilidade humana. Logo após o acidente, senti necessidade de ser tocada. Queria sentir alguma coisa viva, uma respiração, uma batida de coração, um corpo quente. Vivendo sozinha e incapaz de conseguir esse tipo de intimidade física, peguei no sono chorando. No dia seguinte, percebi que ao sentir fome queria refeições fartas, quentes e encorpadas, arroz e legumes, batatas assadas, lasanha e pão, ovos e torradas. Queria me sentir cheia. Queria me sentir aquecida. Queria sentir a solidez e a força do meu corpo.
Estava tão feliz por estar viva, que saí em busca de outra coisa tão boa quanto ter uma pessoa ao meu lado: comida. Assim, passei a fazer três grandes refeições ao dia, em vez das duas que fazia normalmente; imaginei que meu corpo estivesse se adaptando ao acidente e soubesse do que precisava. No fundo, eu ouvia aquela voz agora familiar: "Ai, meu Deus. Não dá para acreditar que você está comendo tanto. Você vai virar um balão se continuar assim. Que tal comer uma cenoura no jantar?".
É possível que se tivesse sido tocada, abraçada e apoiada naquele momento eu não sentisse tanta vontade de comer. Mas duvido. Eu ainda teria que lidar com a sensação de fragilidade, o medo terrível de que meu corpo pudesse desmoronar a qualquer momento. Eu ainda iria querer me sentir cheia, quente e sólida. Mesmo que estivesse me voltando para a comida apenas porque não podia me voltar para uma pessoa, já era bom o bastante. A questão crucial da vida não é ser magra a qualquer custo. Esperamos poder dar a nós mesmas o apoio, a sustentação e o aconchego que precisamos, da maneira mais livre e amorosa possível.
*
"Liberte-se da Fome Emocional"
Autora: Geneen Roth
Editora: Lua de Papel
Páginas: 252
Quanto: R$ 25,90 (preço promocional, por tempo limitado)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Comer mais no café da manhã ajuda a emagrecer, diz estudo

O café da manhã pode ser realmente a principal refeição do dia para aqueles que estão tentando perder peso, segundo um estudo apresentado nesta semana no encontro anual da Sociedade de Endocrinologia, em San Francisco.
O estudo, conduzido por uma pesquisadora do Hospital de Clínicas de Caracas, na Venezuela, em parceria com a Universidade Virginia Commonwealth, nos Estados Unidos, demonstrou que mulheres obesas que comeram metade de suas calorias diárias logo de manhã por vários meses acabaram emagrecendo mais do que aquelas que comeram menos no café da manhã.
A pesquisadora Daniela Jakubowicz, do Hospital de Clínicas de Caracas, disse aos presentes no encontro de San Francisco que comer pouco no café da manhã pode fazer com que a pessoa sinta necessidade de comer mais durante o dia.
Em um estudo com 94 mulheres obesas e pouco ativas, Jakubowicz comparou os resultados alcançados com uma dieta que incluía café da manhã reforçado com os verificados em uma dieta pobre em carboidratos.
A dieta pobre em carboidratos continha 1.085 calorias por dia - a maioria vinda de proteínas e gorduras. Nessa dieta, o café da manhã era a menor refeição do dia - 290 calorias, com apenas sete gramas de carboidratos.
Já a dieta com o café da manhã reforçado tinha mais calorias - 1.240 - com uma proporção menor de gordura e maior de carboidratos e proteínas. Nessa dieta, o café da manhã tinha 610 calorias, enquanto o almoço tinha 395 e o jantar, 235.
Quatro meses depois, as que estavam na dieta baixa em carboidratos pareciam estar perdendo mais peso do que as outras.
No entanto, oito meses depois, no final do estudo, a situação se reverteu, com aquelas na dieta baixa em carboidrato voltando a engordar, enquanto as que comiam a dieta com um café da manhã reforçado continuavam a perder peso.
Ao final, as que comeram a dieta com um café da manhã rico perderam 21,3% de seu peso, enquanto as outras, apenas 4,5%.
Mais saudável ou mais interessante?
De acordo com Jakubowicz, um café da manhã mais rico é mais eficiente em ajudar a perder peso, porque faz com que as pessoas se sintam mais satisfeitas e saudáveis durante o dia, já que inclui mais fibras e frutas.
Alex Johnstone, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Rowett, em Aberdeen, disse que outros estudos têm mostrado que dietas baixas em carboidrato podem ser uma "boa ferramenta" para reduzir o peso rapidamente, mas não servem "para a vida toda".
Para ela, o fato de as mulheres nessa dieta terem voltado a engordar na pesquisa pode ser explicado pela monotonia do regime.
Pode ser que seja simplesmente mais fácil para pessoas que comem uma dieta rica em carboidratos seguir o regime por mais tempo", ela afirmou.
á uma porta-voz da Fundação Britânica de Nutrição disse que há evidências de que um bom café da manhã pode ajudar quem quer perder peso. "Isso é provavelmente porque quando não comemos um bom café da manhã temos mais chances de ficar com fome antes do almoço e comer alimentos açucarados e gordurosos, como biscoitos ou bolos", ela disse
O estudo, conduzido por uma pesquisadora do Hospital de Clínicas de Caracas, na Venezuela, em parceria com a Universidade Virginia Commonwealth, nos Estados Unidos, demonstrou que mulheres obesas que comeram metade de suas calorias diárias logo de manhã por vários meses acabaram emagrecendo mais do que aquelas que comeram menos no café da manhã.
A pesquisadora Daniela Jakubowicz, do Hospital de Clínicas de Caracas, disse aos presentes no encontro de San Francisco que comer pouco no café da manhã pode fazer com que a pessoa sinta necessidade de comer mais durante o dia.
Em um estudo com 94 mulheres obesas e pouco ativas, Jakubowicz comparou os resultados alcançados com uma dieta que incluía café da manhã reforçado com os verificados em uma dieta pobre em carboidratos.
A dieta pobre em carboidratos continha 1.085 calorias por dia - a maioria vinda de proteínas e gorduras. Nessa dieta, o café da manhã era a menor refeição do dia - 290 calorias, com apenas sete gramas de carboidratos.
Já a dieta com o café da manhã reforçado tinha mais calorias - 1.240 - com uma proporção menor de gordura e maior de carboidratos e proteínas. Nessa dieta, o café da manhã tinha 610 calorias, enquanto o almoço tinha 395 e o jantar, 235.
Quatro meses depois, as que estavam na dieta baixa em carboidratos pareciam estar perdendo mais peso do que as outras.
No entanto, oito meses depois, no final do estudo, a situação se reverteu, com aquelas na dieta baixa em carboidrato voltando a engordar, enquanto as que comiam a dieta com um café da manhã reforçado continuavam a perder peso.
Ao final, as que comeram a dieta com um café da manhã rico perderam 21,3% de seu peso, enquanto as outras, apenas 4,5%.
Mais saudável ou mais interessante?
De acordo com Jakubowicz, um café da manhã mais rico é mais eficiente em ajudar a perder peso, porque faz com que as pessoas se sintam mais satisfeitas e saudáveis durante o dia, já que inclui mais fibras e frutas.
Alex Johnstone, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Rowett, em Aberdeen, disse que outros estudos têm mostrado que dietas baixas em carboidrato podem ser uma "boa ferramenta" para reduzir o peso rapidamente, mas não servem "para a vida toda".
Para ela, o fato de as mulheres nessa dieta terem voltado a engordar na pesquisa pode ser explicado pela monotonia do regime.
"Pode ser que seja simplesmente mais fácil para pessoas que comem uma dieta rica em carboidratos seguir o regime por mais tempo", ela afirmou.
Já uma porta-voz da Fundação Britânica de Nutrição disse que há evidências de que um bom café da manhã pode ajudar quem quer perder peso. "Isso é provavelmente porque quando não comemos um bom café da manhã temos mais chances de ficar com fome antes do almoço e comer alimentos açucarados e gordurosos, como biscoitos ou bolos", ela disse

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Complexo B pode desacelerar atrofia cerebral em idosos com déficit cognitivo

Um aumento da atrofia1 cerebral é frequentemente observado em pessoas idosas, em particular nas que sofrem de declínio cognitivo. O aumento das taxas de homocisteína é fator de risco2 para a atrofia1 cerebral, déficit cognitivo e demência3. As concentrações plasmáticas de homocisteína podem ser reduzidas pela administração de vitaminas do complexo B.


Para determinar se a suplementação de vitamina4 B (que reduz os níveis plasmáticos totais de homocisteína) pode desacelerar a atrofia1 cerebral em pessoas com déficit cognitivo leve, foi realizado um estudo randomizado, duplo-cego e controlado com placebo envolvendo 271 indivíduos de mais de 70 anos com déficit cognitivo leve. Os participantes foram divididos em dois grupos de igual tamanho. Um grupo foi tratado com ácido fólico (0,8 mg/dia), vitamina4 B12 (0,5 mg/dia) e vitamina4 B6 (20 mg/dia) e o outro grupo recebeu placebo. O tratamento durou 24 meses. A avaliação principal foi a mudança na taxa de atrofia1 cerebral através de uma série de ressonâncias nucleares magnéticas. O estudo foi publicado no periódico Public Library of Science One (PLoS ONE).

No total, 168 participantes concluíram a avaliação (85 no grupo de tratamento ativo e 83 no grupo que recebeu placebo). A taxa média de atrofia1 cerebral no ano foi de 0,76% no grupo que recebeu as vitaminas, e de 1,08% no grupo do placebo. A resposta ao tratamento foi relacionada aos níveis de homocisteína: a taxa de atrofia1 nos participantes com homocisteína maior do que 13 µmol/L foi 53% mais baixa no grupo de tratamento ativo. Quanto maior a atrofia1, menor o desempenho em testes cognitivos. Não houve diferenças significativas em relação aos efeitos adversos com o uso de vitaminas do complexo B.

Os pesquisadores da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, concluíram que a aceleração da atrofia1 cerebral em idosos com déficit cognitivo pode ser retardada com o tratamento com vitaminas do complexo B que reduzem a homocisteína. Dezesseis porcento daqueles com mais de 70 anos têm déficit cognitivo e metade daqueles com doença de Alzheimer5. Devido ao fato da atrofia1 cerebral ser uma característica daqueles com déficit cognitivo leve que desenvolvem a doença de Alzheimer5, novas pesquisas são necessárias para verificar se o mesmo tratamento pode retardar o desenvolvimento da doença de Alzheimer5.
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Mania de alimentação saudável pode virar doença

Se por um lado o hábito de ler rótulos ajuda na dieta, em excesso, pode acabar virando uma doença.

Ler rótulo de comida ajuda a emagrecer

A ortorexia, transtorno alimentar caracterizado pela obsessão por comidas saudáveis, é cada vez mais comum, de acordo com a psicanalista Dirce de Sá Freire, coordenadora do curso de especialização em transtornos alimentares da PUC-RJ.

"É resultado de uma cobrança excessiva por uma alimentação saudável. Essa história de olhar rótulos é uma faca de dois gumes. Quem tem tendência a ter algum distúrbio alimentar pode acabar desenvolvendo a doença", afirma.

Um ortoréxico precisa ter controle sobre tudo o que come e sempre procura o alimento mais natural, com a menor quantidade de gordura e de calorias. Além de olhar os rótulos, um ortoréxico costuma ler os ingredientes para saber exatamente o que tem no produto.

"Percebemos que é um transtorno quando passa a interferir na vida social. A pessoa deixa de ir a certos lugares ou de participar de festas porque lá ela não poderá controlar o que come", complementa Freire.

A ortorexia pode ser associada a outros distúrbios alimentares, como a anorexia. Nos quadros mais graves, a pessoa faz uma "censura alimentar" tão forte que deixa de ingerir alguns grupos de alimentos e acaba ficando sem nutrientes essenciais.

"O rótulo não deve ser uma prisão. Ele é um auxiliar, mas não podemos basear nossa alimentação nisso. Precisamos de gorduras e de açúcares, não podemos eliminar completamente", afirma a nutricionista Sílvia Martinez.

Para Mônica Beyruti, da Abeso, o melhor mesmo é que a dieta seja baseada em alimentos não processados, sem rótulos. Essa é uma boa forma de evitar exageros e não se perder nas informações das embalagens.
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Açucar o vilão da vez


No dia em que o primeiro europeu colocou uma pitada de açúcar na boca, o mundo começou a girar mais rápido. A data precisa desse acontecimento não foi registrada pela história, mas se deu em algum momento da Idade Média. De lá para cá, na vertigem da descoberta do açúcar, a civilização ocidental passou a mudar num ritmo intenso. "O açúcar redesenhou o mapa demográfico, econômico, ambiental, político, cultural e moral do mundo", diz a historiadora canadense Elizabeth Abbott, autora de um livro sobre a civilização do açúcar, Sugar, a Bittersweet History (Açúcar, uma História
Agridoce). Em séculos de tragédia e glória, o açúcar transformou a alimentação do Ocidente, escravizou gerações de africanos nas Américas, foi combustível da Revolução Industrial, promoveu guerras e impérios, dizimou paraísos ecológicos, ergueu e pulverizou fortunas – e, nos trópicos, moldou a identidade brasileira. Movido pela sua energia calórica, o mundo segue girando rápido, tão rápido que estamos agora na oleira de outra mudança vertiginosa: o açúcar começa a ser considerado um vilão da saúde humana, um veneno tão prejudicial que merece ser tratado com o mesmo rigor empregado contra – suprema decadência! – o tabaco. Está mais perto o dia em que um pacote de açúcar trará a inscrição: "O inistério da Saúde adverte: este produto é prejudicial à saúde".
Baixe a reportagem completa clicando no título.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Brasil esta Gordo


A população brasileira está ficando mais gorda, em velocidade acelerada. O excesso de peso já atinge metade da população adulta; uma em cada três crianças (de 5 a 9 anos); e um quinto dos adolescentes no País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, o instituto divulgou o levantamento Antropometria - Estado Nutricional de Crianças, Adolescentes e Adultos no Brasil - da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009.


Para o levantamento, foram entrevistadas 188.461 pessoas, sendo 93.175 homens e 95.286, entre maio de 2008 e maio de 2009. A população acima do peso está espalhada em todas as regiões, com leve prevalência no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O problema atingiu cerca de metade dos adultos em todas as regiões, com destaque para o Sul (56,8% dos homens, 51,6% das mulheres) e Sudeste (52,4 e 48,5% para homens e mulheres respectivamente). Os menores índices de sobrepeso para homens estão no Nordeste (42,9%) e, para mulheres, no Centro-Oeste (45,6%). Entre as mulheres, a obesidade atingia quase um quinto das mulheres no Sul (19,2%) e a participação dos obesas nas populações das regiões só esteve abaixo dos 10% para as moradoras do Nordeste (9,9%).

Ainda segundo o levantamento, o aumento de peso em adolescentes de 10 a 19 anos foi contínuo nos últimos 34 anos, e foi mais freqüente em áreas urbanas do que em rurais, em ambos os sexos.

O IBGE informou ainda que, na população de 20 anos ou mais, o sobrepeso no sexo masculino saltou de 18,5% em 1974-1975 para 50,1% em 2008-2009. No sexo feminino, o avanço foi menos intenso, e a participação saltou 28,7% para 48%, no mesmo período.

Embora o instituto tenha detectado pessoas com excesso de peso em todas as faixas de renda, entre os homens a concentração de pessoas mais obesas é maior no grupo dos 20% mais ricos, entrevistados para a análise. Entre os homens adultos, 61,8% dos 20% mais ricos estavam acima do peso, ante 36,9% no grupo dos 20% com menor rendimento. No caso das mulheres, as proporções ficaram em 47,4% e 45%, nos grupos das 20% mais ricas e das 20% mais pobres, respectivamente. Entretanto, a obesidade atingia quase um quarto (23,6%) das crianças do sexo masculino de maior renda - sendo que alcançava 10,8% das crianças em faixa de renda menos elevada.

O levantamento também mostrou que a altura mediana dos brasileiros jovens está praticamente coincidente com a curva padrão recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O declínio do déficit de altura é um dos fatores que servem para medir a redução na desnutrição infantil, e a pesquisa confirma a progressiva redução desse problema. Entre as pesquisas de 1974-1975 a de 2008-2009, a predominância de déficit de altura em ambos os sexos em crianças de 5 a 9 anos recuou de 29,3% para 7,2%.

Por Felipe Werneck e Alessandra Saraiva, estadao.com.br, Atualizado: 27/8/2010 10:06

Dieta rica em frutose provoca prejuízos de memória


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ABSTRACT
Over the past three decades there has been a substantial increase in the amount of fructose consumed by North Americans. Recent evidence from rodents indicates that hippocampal insulin signaling facilitates memory and excessive fructose consumption produces hippocampal insulin resistance. Based on this evidence, the present study tested the hypothesis that a high fructose diet would impair hippocampal-dependent memory. Adult male Sprague-Dawley rats (postnatal day 61) were fed either a control (0% fructose) or high fructose diet (60% of calories). Food intake and body mass were measured regularly. After 19 weeks, the rats were given 3 days of training (8 trials/day) in a spatial version of the water maze task, and retention performance was probed 48 h later. The high fructose diet did not affect acquisition of the task, but did impair performance on the retention test. Specifically, rats fed a high fructose diet displayed significantly longer latencies to reach the area where the platform had been located, made significantly fewer approaches to that area, and spent significantly less time in the target quadrant than did control diet rats. There was no difference in swim speed between the two groups. The retention deficits correlated significantly with fructose-induced elevations of plasma triglyceride concentrations. Consequently, the impaired spatial water maze retention performance seen with the high fructose diet may have been attributable, at least in part, to fructose-induced increases in plasma triglycerides

Consumo de leite na adolescencia diminui consumo de álcool na idade adulta

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ABSTRACT

Early onset of alcohol consumption increases the risk for the development of dependence. Whether adolescent consumption of other highly palatable solutions may also affect alcohol drinking in adulthood is not known. The purpose of this study was to determine the effects of adolescent consumption of four solutions: water, sucrose, sucrose–milk and milk on ethanol drinking in adult rats. Rats had limited access to one of the four solutions from day PND 29 to PND 51 and were subsequently trained to consume ethanol (E) using a sucrose (S) fade-out procedure. Adolescent consumption of sucrose and sucrose–milk solutions increased intake of 2.5% E when it was combined with 10% S but it had no effect on the drinking of 10% E alone. Adolescent consumption of milk and sucrose–milk significantly decreased the intake of 10% E when it was combined with 10% S, and milk significantly reduced 10% E consumption alone and when it was combined with 5% S. Adolescent exposure to the sucrose–milk and sucrose solutions was also found to increase sucrose and sucrose–milk consumption. Our findings suggest adolescent exposure to sucrose increases, whereas, exposure to milk reduces ethanol consumption in adult rats. Our results may provide a new theoretical approach to the early prevention of alcoholism.